quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Dica de Filme: O Sorisso Monalisa

Por Keithyane Melo
(Edição de texto Anamaria Leventi)

A atriz Julia Roberts em destaque
A personagem de Julia Roberts, Katherine Watson, cruza os Estados Unidos para lecionar História da Arte em uma das mais conceituas escolas de formação feminina da América – a Wellesley College. 

O filme se passa de 1953/54, período em que a mulher era realmente educada para ser “Amélia”, e a professora em meio a sistemas e conceitos tradicionais, tenta e, posteriormente consegue mudar opiniões motivando as alunas a um auto-questionamento.

À referência a Mona Lisa, obra de Leonardo Da Vinci, famosa pelo seu sorriso enigmático. Percebe-se que todo o esforço de Katherine será dirigido para levar as alunas a se interessarem vivamente por Arte Moderna, a irem além das tradições, e através deste interesse, construírem a si próprias enquanto pessoas que tem opiniões pessoais, que gostam ou odeiam, e que se posicionam sobre o que está à sua volta, em vez de seguir padrões estabelecidos. 

É possível identificar também os principais problemas estruturais, bem como as dimensões qualitativas importantes desses problemas, como a ineficiência dos pouco e mal estruturados programas de capacitação docente. 

Romper com paradigmas de que só é certo aquilo que é comumente aceitável, deve ser uma das metas dos educadores do século XXI, pois não se pode conceber a escola como um espaço alheio à sociedade, já que esta evolui a cada dia. Deve-se propor analisar criticamente os currículos monoculturais atuais e procurar formar criticamente os professores, pois são nestes que se encontram as principais barreiras e entraves. 

Professores que dirigem escolas, coordenam os trabalhos e atividades pedagógicas, pensam e estruturam a participação dos pais e dos alunos na escola, bem como o envolvimento da escola com a comunidade, precisam favorecer o crescimento cultural, e isto só ocorre num período de formação, experiências, vivências e leituras, pois são estes fatores que vão ampliar a visão, tirar as escamas e os entraves que impedem os professores e conseqüentemente as escolas, de progredirem rumo ao conhecimento global.

As alunas do Wellesley College, acostumadas com suas tradições, crenças e princípios, viviam de forma pacata e tranqüila, reproduzindo simplesmente o que seus pais queriam e achavam que era o correto, estavam apáticas frente aos acontecimentos do mundo, já que viviam em regime de internato, mas não somente por isso, estavam conformadas a pensamentos, idéias e ensinamentos pensados.

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