quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Floresta Amazônica com os dias contados

Por Ana Carolina Barbosa 
(Edição de texto Anamaria Leventi)

Vista panorâmica da Floresta Amazônica

Setenta anos. Esse é o tempo de vida da floresta amazônica estimado pelo modelo do Centro Hadley, do Escritório Meteorológico do Reino Unido (UKMO), que prevê uma mortalidade catastrófica do maior bioma do mundo até o ano 2080 sob um cenário sem mitigação do efeito estufa.
Apesar de outros modelos do clima global não indicarem nenhuma catástrofe desse tipo, durante os cinco anos posteriores à atualização do modelo, foram realizados testes no Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), no Brasil. Em novembro de 2005, chegou-se à conclusão de que o modelo Had3CM do Centro Hadley (atualizado em 1999) fornece o melhor ajuste ao clima atual na Amazônia.

Contudo, vale ressaltar que o modelo do Centro Hadley subestima significativamente a quantidade de chuva na Amazônia hoje, o que pode indicar um futuro menos catastrófico do que aquele projetado pelo modelo, segundo estudo do pesquisador do Instituto de Pesquisas da Amazônia (Inpa), Philip Fearnside, PHD em ecologia. De acordo com o estudo, “o importante, no entanto, é que o modelo do Centro Hadley consegue reproduzir melhor do que os outros a ligação entre o aquecimento da água no Pacífico e as secas na Amazônia”.

O trabalho denominado As mudanças climáticas globais e a floresta amazônica’, apresenta os dados acima citados e indica que o prospecto é que áreas grandes de floresta tropical não sobreviverão às mudanças de clima projetadas sob cenários sem atenuação do efeito estufa. Portanto, afirma o PHD, é importante o papel em potencial de esforços para controlar o desmatamento.

Florestas tropicais são vulneráveis à mudança climática. As projetadas mudanças de clima ameaçam a biodiversidade dessas florestas, bem como os povos tradicionais e outros que dependem das florestas para o seu sustento”, explica.

1.Imagem - Vista panorâmica da Floresta Amazônica - Ana Carolina

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