sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Nilton Lins formando profissionais - Perfil

Por Keithyane Melo
(Edição de Texto por Roosevelt Júnior)

Apresentadora, Luana Borba
"Os Agentes" entrevistou a jornalista Luana Borba, que nasceu em Recife, no dia 11 de Agosto de 1981, e mora em Manaus desde 1997. Formada em Comunicação Social pela Universidade Nilton Lins, volta à faculdade, hoje, para ser professora, e é apresentadora de um dos programas de maior audiência do Amazon Sat, o "Amazônia Agora". Em uma conversa agradável, Luana conta sobre suas experiências profissionais e fala um pouco da vida pessoal. Aproveitem esse papo com a simpática Luana!
OA>>Por que a escolha do jornalismo para formação profissional?
LB>>Nunca tinha pensado que chegaria ao terceiro grau. Num desejo distante pensava em salvar vidas como médica. Mas, por uma “falta de comunicação”, fui parar em um curso técnico na área de TV. Depois de começar a trabalhar numa emissora, percebi que precisava de uma graduação. Então, me dei conta de que não tinha outro caminho senão o do jornalismo!
OA>>Como você chegou à televisão e por que a escolha desse veículo?
LB>>Eu fazia o curso de Locução e Apresentação na Fundação Rede Amazônica quando fui chamada para um estágio no Amazon Sat. Foi um momento decisivo de mudanças no canal em que eles queriam apostar em gente nova. Entrei para fazer parte da equipe que estava sendo formada. E por lá estou até hoje!
OA>>Como é apresentar um programa diário, ao vivo, transmitido para toda a região norte?
LB>>É um desafio diário, muita adrenalina! É uma grande chance de se experimentar a cada dia em situações diferentes, exercitar a mente, a humildade, o poder de decisão e a perspicácia. Como todo trabalho em TV, é em equipe, mas uma equipe que precisa viajar na mesma direção, com a mesma velocidade e de forma acertiva. Uma experiência sem igual. 
OA>>Qual a entrevista/reportagem mais difícil que você já fez?
LB>>Existem várias formas de ser difícil. Em geral, a trabalho, não tenho muito medo, procuro vencer minhas limitações. Mas fiz um documentário, em 2006, sobre o trabalho do barco de Pronto Atendimento Itinerante, em Parintins, que pra mim foi difícil por ter sido uma viagem longa (tenho prazo de validade longe da família!), por ter me deparado com experiências de vida muito diferentes das que convivo. Tanto por parte dos ribeirinhos, quanto por parte da equipe que fica embarcada. Sei que hoje faria melhor, lidaria com tudo de forma mais profissional, mas foi importante à época. Ali, descobri como é bom e delicado lidar com emoções no jornalismo.
OA>>A que você atribui o sucesso do Amazônia Agora, programa com um dos maiores índices de audiência do Amazon Sat?
LB>>Creio que o programa, hoje, é o carro chefe da emissora graças ao formato e ao horário. A linguagem leve, a interação com outros estados ao vivo e a diversidade de temas atraem um grande público.
OA>>Você se formou pela Nilton Lins e hoje esta de volta às salas de aula, agora como professora do curso de Comunicação Social. Como está sendo essa experiência?
LB>>Outra bênção! A oportunidade de aprender muito também... O que compõe um profissional é o equilíbrio entre técnica e prática. Aprendi bastante nos cursos que fiz e faço e exercito a prática na TV e a teoria na sala de aula! Essa é uma área em que tudo se atualiza muito rápido, não dá para parar e a sala de aula contribui muito nesse sentido. Nunca tinha pensado em seguir esse caminho, mas me apaixonei pela docência.
OA>>Durante o período que você ainda cursava a faculdade você imaginava como era trabalhar no meio da comunicação? Depois que você entrou na TV alguma coisa te frustrou? Não era do jeito que você imaginava ser?
LB>>Bom, eu comecei no sentido contrário. Primeiro fui para o mercado para depois seguir para o banco da faculdade. Então, não tive frustração. Pelo contrário, a faculdade me ajudou a melhorar minha atuação profissional, pois deixei de fazer apenas por instinto para atuar dentro do equilíbrio com a teoria.
OA>>Como você enxerga essa mudança na linguagem jornalística?
LB>>Acho que exige muito mais do profissional. Quanto mais se busca a proximidade com o telespectador, mais delicado fica o trabalho. Ser natural e seguro não é fácil. Quem está do outro lado da tela cada vez mais consegue nos ler! Essa nova linguagem exige uma composição mais completa e, ao mesmo tempo, dinâmica do vídeo.
OA>>O que você não faria de jeito nenhum no meio jornalístico?
LB>>Mentir. Se a “barrigada” já não é bem vista, creio que mais inaceitável ainda é querer fazer de uma mentira, verdade. Para um jornalista, a credibilidade é um bem precioso que não pode ser desperdiçado.
OA>>Como é a Luana Borba?
LB>>Difícil responder... Como é Luana Borba pra você? rs
OA>>O que você gosta de fazer no seu tempo livre?
LB>>Humm, no pouco tempo livre que tenho, gosto de estar com quem me faz bem e gosto muito de ler, pois me deixa um pouco na companhia de mim mesma.
OA>>O que a Luana gosta e o que a Luana não suporta?
LB>>Adoro trabalhar e plantar boas sementes nas pessoas: pensamentos, sentimentos, coragem... Talvez por isso mesmo não suporte pessoas-personagens (apesar de conviver razoavelmente com isso, já que acredito que só damos o que temos!).
OA>>Você é vaidosa?
LB>>Eu, cidadã, não. Mas profissional, sim, até porque televisão exige isso. Passei a cuidar mais do cabelo, da pele, por conta do trabalho. Mas, quando não vou gravar, tenho o ímpeto de esquecer tudo! rs
OA>>Onde você ainda quer chegar? Qual seu sonho?
LB>>Pergunta difícil. Profissionalmente ainda quero ser reconhecida. E isso pra mim não está relacionado à fama, mas ao mercado mesmo. Acho que o gerenciador de conteúdo merece isso. A realidade, os fatos estão aí, nós só os relatamos, mas isso não necessariamente “só”. Exige muita visão de mundo. Espero poder exercitar muito isso ainda e ser reconhecida por isso.
Sonho... acho que sonho é algo que sabemos que não vamos alcançar. Procuro não alimentá-los. Prefiro buscar realizações bem acordada!

1.Imagem - Apresentadora, Luana Borba - Divulgação

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