quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Prêmio Fapeam de Jornalismo Científico


Coordenador, Ulysses Varela

Ulysses do Nascimento Varela coordena há dois anos o Programa de Apoio a Divulgação da Ciência da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) e é professor do curso de graduação de Comunicação Social do Universidade Nilton Lins.




Por Margarete Rocha
(Edição de texto Keithyane Melo)
OA >>Como surgiu a ideia do Prêmio Fapeam de Jornalismo Científico?
UV >> É uma iniciativa do presidente da Fapeam, Odenildo Sena. O Prêmio foi lançado no ano passado, então, há sete anos a fundação vem investindo em pesquisas no Estado do Amazonas e em 2010 ele percebeu que chegou o momento de reconhecer o trabalho da imprensa no sentido da divulgação do que é promovido pela Fapeam. Foi quando decidiu criar o prêmio como uma forma de valorizar os profissionais e também para popularizar a ciência, porque uma vez que você incentiva os profissionais da comunicação, existe uma maior possibilidade da população conhecer o que se faz sobre ciência no Estado do Amazonas.
            
OA >> Qual é o meio de comunicação que mais participa do Prêmio Fapeam JC?
UV >> Na primeira edição, até mesmo por questão da quantidade  de profissionais disponíveis no mercado de trabalho, sempre é o jornal impresso o veículo com maior participação, mas isso não quer dizer que os outros meios não contemplem a parte da divulgação da ciência.

OA >> Esse é segundo ano do prêmio. Quais são as principais novidades da edição 2011?
UV >> A segunda edição tem muitas novidades. A principal é referente ao valor do investimento. Ano passado foi cerca de  R$ 16 mil e  neste ano o valor total das premiações está em torno de R$ 37,8 mil. Podem participar profissionais e estudantes de comunicação. A premiação a nível profissional será de R$3 mil, um valor expressivo aqui no Amazonas, e o de estudante será de R$ 1,2 mil. Houve a subdivisão em categorias e modalidades. Ano passado, a premiação foi destinada apenas para profissionais da imprensa e percebemos que no Estado temos muitas instituições de pesquisas, órgãos que trabalham e divulgam a ciência, por isso, nesta edição resolvemos contemplar esse grupo de profissionais criando uma modalidade que inclui aqueles que atuam nestas instituições. Os fotográfos e  pessoas que escrevem exclusivamente para a internet tem seu espaço no edital, ajuste que ampliou a possibilidade de participação de todos  os profissionais da área.
                 
OA >> Com os trabalhos inscritos você pode perceber o nível do jornalismo regional. Na sua opinião, como está o nível de Jornalismo Científico no Amazonas?
UV >> A Fapeam hoje é uma grande incentivadora de ciência, uma grande fonte de informações pra quem quer escrever sobre ciência, porque, além de financiar, também divulga assuntos de ciência, tecnologia e inovações.  Mas, com certeza, nesses dois anos que estou trabalhando é notável a melhora. A própria quantidade de pessoas que ligam para Fapeam a procura de pautas e de informações, quando vemos os resultados das pesquisas em jornais, percebemos que há um crescimento do jornalismo cientifico. Ainda não é o ideal, mas houve uma evolução significativa. Nesse sentido a Fapeam está investindo nos profissionais interessados em  trabalhar com o jornalismo científico. Para isso ela criou o primeiro curso de especialização de Jornalismo Científico do Amazonas junto com a Fiocruz.
       
OA >> Que recomendação você daria para os jovens que estão ingressando na área e às vezes sentem o mercado de comunicação restrito?      
UV >> Como professor, a minha dica é que o aluno tem que correr atrás, tem que  experimentar não só a redação de impresso e de TV, mas experimentar todos as possibilidades de atuação na área. O bom é quando desde o 4º e 5º período o aluno busque saber em qual veículo o seu perfil se enquadra.

1.Imagem - Coordenador, Ulysses Varela - Divulgação/Facebook

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