quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Sem Férias

Alunos assistem às aulas durante o período do curso de férias
Por Margarete Rocha
(Edição de texto Anamaria Leventi)
O período de férias significa para muitos tempo de investir em cursos profissionalizantes, adiantar a graduação ou mesmo compensar um semestre perdido. Para o mestre em educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Estélio Suassuna, o investimento só é válido quando há dedicação.
Imprensar um módulo que levaria de quatro a seis meses, executado em no máximo um mês (intensivo) é uma responsabilidade maior do que costuma ser levada a sério, naturalmente, de tudo que nos é ensinado, apenas dez por cento é fixado no cognitivo (sistema que processa o aprendizado). Por isso, a necessidade de dedicação e tempo para exercitar o conteúdo passado”, explicou Suassuna.
A estudante de Biblioteconomia, Katty Anne de Souza Nunes, 22, cursou nas férias a disciplina de Leitura e Biblioteca para adiantar o semestre. “Foi proveitoso, porque me inscrevi sabendo que exigiria bastante empenho de mim, devido o curto tempo e as horas seguidas de aula. Então, estudava em casa os conteúdos ministrados em sala de aula e consegui fazer valer a pena o curso”, afirmou a estudante.
Para a psicóloga, Ana Beatriz Machado, 25, a experiência foi negativa, pois perdeu o ultimo módulo do curso de inglês no primeiro semestre do ano passado e ao tentar compensar o tempo perdido, pagou aulas intensivas de um mês. “Não adiantou nada, quando fiz o teste de nivelamento da escola que eu já estudava fui parar no mesmo nível onde havia parado”, declarou a jovem ao revelar que faltou dedicação da parte dela. “É muita informação para processar em apenas um mês, eu estava de férias e confesso não ter dado a devida importância às aulas”, contou.
A exigência e a dedicação por parte do aluno dentro da sala de aula e em casa, torna os cursos de férias exaustivo. De acordo, Estélio Suassuna, as atividades desenvolvidas nas férias devem ser prazerosas. “O período de férias precisa ser respeitado, mas pode ser aproveitado de várias maneiras, até com atividades sistemáticas”, ressaltou. Porém para o professor, se não houver real dedicação pelo aluno, pode ser criado um “vínculo negativo com a aprendizagem”, ou seja, a mesma se torna uma forma desestimulante de ensino.

1.Imagem - Alunos assistem às aulas durante o período do curso de férias - Divulgação

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