sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Mortes por arma de fogo são maioria no AM


Por Ana Carolina Barbosa


Por dois anos consecutivos (2009 e 2010) as agressões por armas de fogo foram a principal causa de mortes no Amazonas. No ano passado foram registrados 570 casos, representando um aumento de 3,4% em relação ao ano anterior, quando foram contabilizadas 551 mortes. 

O comandante do Comando de Policiamento Metropolitano, coronel Moisés Cardoso, atribuiu o aumento de mortes ao grande número de armas legalizadas e que, por meio de roubos e assaltos, acabam parando nas mãos de bandidos.

A campanha pelo desarmamento realizada há alguns meses no Estado perdeu força, conforme o comandante, e, aliada ao fato de que a maioria das armas não provém de contrabando, e sim de roubos às residências, mesmo com as apreensões, ainda existem muitas armas circulando no Amazonas. Outro motivo, segundo ele, são as brigas relacionadas com o tráfico de drogas, “que culminam em muitas mortes”.

Com a previsão de concurso público para o aumento do efetivo policial, neste ano, e a inserção de novos policiais à corporação, a estimativa é que haja uma redução dos indicadores, principalmente das tentativas de homicídio e dos homicídios. Este último foi o único que não sofreu redução entre os dois últimos anos. ”Os crimes de homicídio não são ocasionais. São praticados por uma quantidade de criminosos que não é tão grande. Cerca de 90% dos crimes são praticados por 10% dos criminosos”, informou.

Ele informou um estudo está em andamento para descobrir qual a motivação dos crimes ocorridos no Estado e, a partir do resultado, será realizado um trabalho integrado entre as policias Militar e Civil e o serviço de inteligência do Estado para retirar armas de circulação e identificar criminosos. “O número de criminosos é bem inferior ao número de crimes”, frisou o comandante.

O “Agentes” tentou contato com o secretário de Estado de Segurança Pública (SSP), Geraldo Scarpellini, mas não obteve sucesso. A assessoria da SSP informou que, por conta de compromissos pré-agendados, o titular não poderia conceder entrevista.

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