sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

O resgate da Ponta Negra


Por Ana Carolina Barbosa

 A obra de revitalização da Ponta Negra, iniciada há seis meses, foi dividida em duas etapas. Paralelo à primeira, que ocorre até agosto deste ano, será realizada a licitação da segunda etapa, no próximo mês. As obras devem ser iniciadas em abril com previsão para conclusão em fevereiro de 2012. Cada etapa compreende um trecho de 750 metros, totalizando 1,5 mil metros, área total do ponto turístico, segundo informações da Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminf). A última intervenção foi feita no local há 17 anos.

A obra está orçada em R$ 58 milhões (R$ 29 milhões para cada etapa) e tem como objetivo o resgate do principal cartão postal da cidade. Entre abril e agosto de 2011, estima-se que toda a Ponta Negra esteja interditada para obras. A última intervenção foi feita no local há 17 anos.

A Ponta Negra foi construída na década de 1980, durante o primeiro mandato de Amazonino Mendes como prefeito de Manaus (1983/1986) e passou, segundo o secretário da Seminf, Américo Gorayeb, por um processo gradativo de depredação, passando de ponto turístico a ponto de prostituição e usuários de droga.

A primeira etapa do projeto prevê uma praça de contemplação com três mirantes para dar a impressão que os visitantes estarão suspensos sobre o rio Negro. “A ideia é virar tudo pro rio, pois ele é a atração”, frisou Gorayeb. Haverá, ainda, o aumento das calçadas e do bosqueamento, criação de estacionamento, uma fonte no retorno próximo ao Tropical Hotel Manaus, uma rotatória no mesmo local, a troca do piso original por um calcário que não absorve o calor e a reforma do Anfiteatro, além da instalação de circuito de câmeras para garantir a segurança dos usuários.

A ideia para a segunda etapa é a mesma que a primeira, conforme o secretário: resgatar o ambiente familiar do local perdido há alguns anos. “Vamos trabalhar com três cores: branco, vermelho e preto. Precisamos compreender que um espaço público como esse não é meu, não é do prefeito, é de todos nós e, portanto, todos têm a obrigação de zelar por ele”. 

Atualmente, trabalham na primeira etapa da Ponta Negra, cerca de 280 comerciantes, entre eles os vendedores ambulantes. A Seminf supõe que a mesma quantidade trabalhará na segunda etapa. 

Contudo, nenhum deles possui permissão para tal atividade. Para regularizar a situação, um processo licitatório será realizado. Na concorrência serão selecionados os vendedores que devem atual no espaço revitalizado. O número de permissionários ainda não foi definido, no entanto, está certo que os vencedores serão responsáveis por construir seus próprios quiosques. 

Além deles, os ambulantes também serão selecionados para atuar na praia, em horários pré-definidos. A licitação está sob os cuidados da Procuradoria Geral do Município (PGM).

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